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quinta-feira, 26 de março de 2015

ATOR JORGE LOREDO, O ZÉ BONITINHO, MORRE AOS 89 ANOS

Jorge Loredo, intérprete do famoso ZÉ BONITINHO, morreu na manhã desta quinta-feira (26) aos 89 anos. O humorista estava internado desde o mês de fevereiro e seu estado era grave.
A causa da morte ainda não foi divulgada pela família.

Jorge Loredo começou cedo sua carreira de humorista, começando a atuar em um grupo teatral no hospital onde estava internado aos 20 anos de idade.
Para criar o personagem ZÉ BONITNHO, ele se inspirou em um ammigo.
Seus últimos trabalhos foram no humorístico do SBT, A PRAÇA É NOSSA.
Jorge Loredo estreou na televisão em 1960 no programa NOITES CARIOCAS, que era exibido pela extinta TV RIO.


FRASES DE JORGE LOREDO

Uma vez uma mulher me procurou no camarim e me convidou para ir à casa dela passar a noite com ela. Eu fiquei meio em dúvida, mas fui levando. Já estava disposto a ir, tirei a roupa toda do personagem, e ela disse “Não. Eu quero você, mas vestido de Zé Bonitinho”. Claro que eu não fui.

Quando eu fui fazer o Zé Bonitinho pela primeira vez, eu estava achando que estava fazendo um grande papel dramático, uma grande performance. Aqueles risos estavam me incomodando. Quando saí de cena, o Chico Anysio me viu e perguntou o que havia acontecido. Eu disse que todo mundo estava rindo. Ele me falou que era claro que tinham que rir. Eu não tinha entendido. Depois fui me adaptando e vi que o tipo era engraçado.
Quando eu comecei a fazer o Zé Bonitinho, eu fumava em cena. Uma senhora me encontrou na rua e pediu para eu parar de fumar porque o neto dela gostava muito de mim e estava comprando cigarrinho de chocolate para imitar. Eu disse para ela ficar tranquila que eu nunca mais ia fumar em cena. E nunca mais fumei.

Quem me colocou na Praça foi o Manoel de Nóbrega, o pai, fazendo o Mendigo. Então, desde aquela época, eu me relaciono bem com eles, com o Carlos Alberto, o Golias, que não está mais aqui, mas continua em outro plano. Foi sempre uma relação de família praticamente.

Eu entrava ao vivo, e tinha duas câmeras: uma de frente pra mim, claro, e outra de lado. O assistente de estúdio ficava embaixo da primeira para me lembrar de alguma coisa, caso esquecesse. Só que um dia, ele disse que a câmera tinha pifado, pra eu virar para a outra. Na mesma hora, virei e falei: “Câmera, close!”. Mas precisava mudar o microfone de lugar pra me acompanhar. Aí, pedi: “Microfone, please!”. E o Russo, aquele que trabalhou com o Chacrinha e tantos artistas, jogou em cima de mim.
Aos 12 anos fui diagnosticado com osteomielite (inflamação nos ossos) no fêmur da perna esquerda. A dor era horrível e constante, foram muitas internações, cirurgias, e nada adiantava. Usei muleta, bengala, cadeira de rodas… Mas, sempre que podia, ia ao cinema. Adorava os filmes do Oscarito. Eu saía de uma cirurgia, achava que daquela vez tinha ficado bom, passava bem uns tempos, e a dor terrível voltava. Mas se eu me deixasse abater o que seria de mim? Não queria pena, queria ficar bom!

O personagem estreou, em 1960, no Noites Cariocas, na TV Rio, com falas escritas pelo Chico Anysio. O personagem foi baseado num colega meu chamado Jarbas, que era conhecido como como o Perigote das Mulheres. Jarbas era metido a conquistador, não podia ver um espelho num botequim, que sempre penteava o topetão! Cantava boleros, e todo mundo ria das histórias dele, que não pegava ninguém.

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